Quando o Simples Nacional deixa de ser vantajoso para empresas

O Simples Nacional é, para muitos empresários, a porta de entrada da formalização. Menos burocracia, unificação de impostos e carga tributária aparentemente menor fazem o regime parecer a melhor escolha — sempre.

Mas a verdade é que o Simples Nacional nem sempre é o regime mais vantajoso. À medida que a empresa cresce, muda de perfil ou aumenta a folha de pagamento, permanecer no Simples pode significar pagar mais imposto do que o necessário.

Neste artigo, você vai entender quando o Simples deixa de ser vantajoso e como identificar o momento certo de reavaliar o regime tributário.


O que torna o Simples Nacional atrativo?

O Simples costuma ser vantajoso quando a empresa:

  • Tem faturamento menor
  • Possui custos operacionais baixos
  • Tem pouca folha de pagamento
  • Atua em atividades com alíquotas iniciais reduzidas

Nesse cenário, a simplificação compensa.


Sinal nº 1: Faturamento elevado com margens apertadas

No Simples, a alíquota aumenta conforme o faturamento cresce.
Empresas que faturam mais, mas têm margens pequenas, acabam pagando imposto sobre a receita bruta, independentemente do lucro.

📌 Em alguns casos, o Lucro Presumido gera menos imposto mesmo com mais obrigações acessórias.


Sinal nº 2: Folha de pagamento alta (Fator R)

Empresas de serviços precisam observar o Fator R, que relaciona a folha de pagamento com o faturamento.

  • Folha baixa → alíquota maior
  • Folha alta → alíquota reduzida

Se a empresa não atinge o percentual mínimo exigido, pode migrar para anexos mais caros, elevando significativamente a carga tributária.


Sinal nº 3: Atividades com alíquotas elevadas no Simples

Nem todas as atividades são bem tratadas no Simples.
Alguns serviços, especialmente intelectuais e técnicos, podem ter alíquotas iniciais altas, que crescem rapidamente.

📌 Nesses casos, o Simples deixa de ser simples — e passa a ser caro.


Sinal nº 4: Pouco aproveitamento de créditos tributários

No Simples, a empresa:

  • Não aproveita créditos de PIS e Cofins
  • Pode perder competitividade em vendas para empresas maiores
  • Tem dificuldade em repassar impostos de forma transparente

Empresas que vendem para outras empresas (B2B) costumam sentir esse impacto.


Sinal nº 5: Crescimento desorganizado

Empresas que crescem sem planejamento tributário acabam:

  • Ultrapassando faixas do Simples sem perceber
  • Pagando alíquotas maiores ao longo do ano
  • Perdendo a chance de mudar de regime no momento correto

📌 A mudança de regime só pode ocorrer em datas específicas. Perder o timing custa caro.


Quando vale considerar outro regime?

É hora de simular outros regimes quando a empresa:

  • Cresceu em faturamento
  • Mudou o perfil de clientes
  • Aumentou a folha de pagamento
  • Passou a operar com margens menores
  • Começou a pagar “imposto demais” sem entender por quê

Lucro Presumido e Lucro Real podem ser alternativas mais econômicas, dependendo do caso.


O Simples Nacional é um excelente regime — até deixar de ser. Permanecer nele por comodidade, sem reavaliar números, pode significar prejuízo silencioso mês após mês.

Empresários que revisam periodicamente o regime tributário pagam menos imposto dentro da lei e tomam decisões mais estratégicas.


📌 Na Carmelitas Contabilidade, analisamos o faturamento, a folha e a atividade da empresa para identificar o regime tributário mais vantajoso em cada fase do negócio.
👉 Se você está no Simples e sente que paga imposto demais, fale conosco antes de continuar no automático.

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