Simples Nacional e Reforma Tributária: o que quase ninguém está te contando (e pode custar caro)

Se você é do Simples Nacional, provavelmente já ouviu a frase: “fica tranquilo, o Simples vai continuar”. E… sim, ele continua. Mas isso não significa que a sua empresa vai passar ilesa pelas mudanças da Reforma Tributária.

O vídeo “Simples Nacional e o que NÃO estão falando sobre os impactos da reforma tributária” levanta justamente esse alerta: existem armadilhas e decisões estratégicas que muitos negócios só vão perceber quando o caixa apertar ou quando começarem a perder competitividade. (YouTube)

Neste post, vamos traduzir o que muda, onde mora o risco e o que você pode fazer desde já para não ser pego de surpresa. 😊


1) O que a Reforma muda no consumo (em português claro)

A Reforma Tributária do consumo cria um modelo de IVA “dual”, com dois tributos principais:

  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) – ligado a estados e municípios
  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) – ligada à União

Na prática, IBS e CBS vêm para substituir gradualmente tributos como ICMS, ISS, PIS, Cofins e parte do IPI, com promessa de simplificação e redução de “efeito cascata” (cumulatividade).

E atenção ao calendário:

  • 2026: começa a fase de testes (com destaque em documento fiscal para simulação/validação do sistema).
  • Transição: acontece ao longo dos anos seguintes.
  • 2033: previsão de conclusão da transição.

2) “O Simples vai continuar”… mas a lógica do jogo muda 🎯

O ponto que muita gente ignora é: o Simples foi desenhado num Brasil com uma lógica de tributação do consumo bem diferente.
Com IBS/CBS (não cumulativos), surge um tema central:

Crédito virou “moeda” na cadeia

Empresas fora do Simples tendem a se preocupar muito com aproveitamento de créditos. Se o seu negócio vende para outras empresas (B2B), a pergunta vira:

“Comprar de empresa do Simples me dá crédito? E quanto?”

Dependendo de como ficar a operação e a opção de recolhimento, o cliente pode preferir comprar de quem gera mais crédito — e isso afeta preço, negociação e competitividade.


3) O “pulo do gato”: Simples Híbrido e decisão estratégica (B2B x B2C)

A regulamentação trouxe um caminho que vem sendo chamado no mercado de “Simples Híbrido”: a empresa do Simples pode, em certas condições, optar por recolher IBS/CBS no regime regular, fora do DAS, para funcionar melhor no mundo do crédito.

Essa escolha tende a ser mais relevante quando você:

✅ vende para outras empresas (B2B)
✅ atende clientes que pedem “nota com crédito”
✅ está em cadeias com muita compra/venda e margem apertada
✅ precisa manter competitividade contra concorrentes do Lucro Presumido/Real

Por outro lado, para quem é B2C puro (vende para consumidor final), o benefício do crédito pode ser menor — e a análise muda.

📌 Moral da história: não existe resposta única. Existe simulação e planejamento.


4) “Alíquota de 26,5%”: cuidado com desinformação 🚨

Você provavelmente já viu vídeos dizendo que “todo mundo vai pagar 26,5%”. Isso não é verdade.

A própria discussão pública e checagens mostram que há tratamentos diferenciados, possibilidade de seguir no Simples/MEI, além de categorias como nanoempreendedor (em certas condições) e reduções para atividades específicas.

Ou seja: o risco não é “todo mundo vai pagar igual”.
O risco é não se preparar para escolher o melhor caminho.


5) O que você precisa organizar ainda em 2025 para não sofrer em 2026 ✅

Mesmo com transição, 2026 já cobra preparo operacional. Um checklist simples:

📌 (1) Mapeie seu perfil de cliente

  • Quanto é B2B e quanto é B2C?
  • Seus clientes pedem crédito? Isso entra em negociação?

📌 (2) Simule cenários

  • Simples “puro” x opção de IBS/CBS fora do DAS
  • Efeito no preço final, margem e competitividade

📌 (3) Revise emissão de notas e cadastros

Já existe previsão de ajustes e validações ligadas a IBS/CBS nos documentos fiscais a partir de 2026.
Isso impacta ERP, parametrização fiscal e rotinas do dia a dia.

📌 (4) Releia o seu enquadramento (sem “achismo”)

  • CNAE e atividades
  • Possíveis reduções aplicáveis
  • Regras específicas do setor

6) Simples não acaba — mas pode ficar “menos simples” 😅

O vídeo acerta no ponto: o perigo não é a reforma “matar” o Simples.
O perigo é você continuar operando como se nada fosse mudar.

A partir de 2026, a conversa vai envolver:

  • crédito, destaque em documento, sistemas
  • estratégia comercial B2B
  • escolha de modelo (quando aplicável)
  • precificação e margem

E aqui entra a boa notícia: quem se organiza antes, geralmente ganha vantagem competitiva.


Quer que a Carmelitas faça essa simulação para o seu negócio? 📲💛

Aqui na Carmelitas Contabilidade, a gente pega o seu cenário real (atividade, tipo de cliente, faturamento, compras e vendas) e monta uma análise prática para você decidir com segurança:

✅ melhor opção de enquadramento/estratégia
✅ impacto na precificação
✅ ajustes fiscais e de emissão de notas
✅ plano de transição para 2026

Se quiser, chama a gente e manda:

  • seu CNAE/atividade
  • se você vende mais para empresas ou pessoas
  • seu faturamento médio mensal

A gente te orienta no caminho mais inteligente. 😉

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