Todo fim de ano tem aquela enxurrada de campanhas “feliz ano novo” que passam… e somem. A da Havaianas com a atriz Fernanda Torres fez o caminho inverso: virou conversa, compartilhamento e, em alguns momentos, até debate acalorado.
Mas, por trás do buzz, existe uma estratégia bem clara — e bem inteligente. Bora destrinchar? 🙂
O que foi a campanha (sem enrolar)
A Havaianas apostou em um vídeo com a Fernanda Torres desejando Feliz Ano Novo, usando uma ideia simples e memorável: em vez de “entrar com o pé direito”, o convite é começar o ano “com os dois pés” — com presença, atitude e intenção.
É uma mensagem curta, fácil de repetir e perfeita para o universo da marca (afinal… pés + Havaianas = match imediato 🩴).
1) A sacada criativa: transformar um ditado popular em assinatura de marca
Campanha boa muitas vezes nasce de uma coisa que já está na boca do povo.
Aqui, a Havaianas pegou uma expressão conhecida e deu um “twist”:
- “Pé direito” → todo mundo entende
- “Com os dois pés” → surpreende, faz sorrir e fica na cabeça
Isso funciona porque:
- É cultural (parece conversa de gente real)
- É simples (dá pra virar legenda, meme, áudio, frase de WhatsApp)
- É coerente com o produto (chinelo + pés… não tem como errar)
📌 Lição prática: se a sua marca consegue “assinar” uma frase que as pessoas usam no dia a dia, você ganhou um ativo de branding.
2) Produto como prova: não é só discurso, é “mundo real”
Um erro comum em campanhas é usar metáforas bonitas que não têm ligação com o que se vende.
Aqui acontece o contrário: o conceito nasce do produto.
- A marca fala de “pés”
- O produto está literalmente no pé
- A ideia vira natural, não “publicitária”
Isso aumenta a chance de a campanha ser percebida como divertida, leve e autêntica (e não como um texto decorado).
3) A escolha da Fernanda Torres: celebridade com “fit” (e não só fama) 🎭
Quando uma marca escolhe uma pessoa para representar a mensagem, não é só sobre alcance. É sobre credibilidade + tom + personalidade.
No caso da Fernanda Torres, ela contribui com:
- Carisma e timing de humor (entrega a ideia com graça)
- Autoridade cultural (figura reconhecida e respeitada)
- Naturalidade na fala (parece conversa, não locução)
Ou seja: ela não “aparece no vídeo”. Ela carrega o texto.
📌 Lição prática: influenciador/celebridade bom é o que encaixa no jeito da marca — não só o que tem número.
4) O formato: vídeo curto pensado para redes (e para virar assunto)
A campanha foi desenhada para rodar bem em social — aquele modelo que:
- prende rápido
- dá vontade de compartilhar
- vira corte
- vira comentário
Em vez de depender só de mídia paga, ela é “construída” para gerar distribuição orgânica.
📌 Lição prática: se a sua campanha não cabe em um roteiro de 10–20 segundos (ou não vira uma frase compartilhável), você pode estar perdendo tração no digital.
5) A polêmica como amplificador: quando o “earned media” entra no jogo 📣
Em alguns momentos, a campanha acabou entrando em discussões políticas e gerou reações fortes (apoio e rejeição). Isso é delicado, mas do ponto de vista de mídia acontece um efeito conhecido:
👉 Quanto mais as pessoas comentam, mais a plataforma entrega.
👉 Quanto mais repercute, mais a imprensa e perfis replicam.
Ou seja: a campanha vira “assunto do dia”.
Benefícios:
- Aumenta alcance rapidamente
- Eleva lembrança de marca (top of mind)
- Faz a mensagem circular fora do público original
Riscos:
- Pode afastar parte do público
- A conversa pode desviar do produto
- Pode virar uma batalha de narrativas
📌 Lição prática: polêmica não é “estratégia automática”. Se acontecer, a marca precisa ter clareza do que sustenta e do que não sustenta.
O que a Havaianas acertou (em uma frase)
A marca juntou uma ideia simples + expressão popular + porta-voz carismática + formato nativo de rede — e isso gerou conversa.
É branding moderno: não é só “passar na TV”. É fazer as pessoas repetirem a mensagem por você ✅
Como aplicar isso no seu negócio (mesmo sendo pequeno) 💡
Você não precisa de uma Fernanda Torres pra aprender com essa campanha. Dá pra adaptar o “esqueleto” da estratégia:
- Escolha uma frase que as pessoas já usam (ditado, hábito, rotina)
- Dê um twist simples (troca de palavra, inversão, humor)
- Conecte ao seu produto/serviço (tem que fazer sentido na prática)
- Faça em formato de rede (vídeo curto, legenda forte)
- Pense em compartilhamento (“isso vira story?” “vira WhatsApp?”)
Campanha de fim de ano não precisa ser “igual a todas”
A Havaianas mostrou que, com uma ideia certeira, dá pra transformar um “Feliz Ano Novo” em marca, conversa e memória — e isso vale ouro no verão brasileiro 😄🩴
Se você quiser, eu adapto esse texto para:
- um post de LinkedIn (mais corporativo),
- um roteiro de Reels/TikTok (30–45s),
- ou um “carrossel” de Instagram com slides e chamadas.

